O que é propriedade industrial e por que ela importa […]
A propriedade industrial é um dos pilares do direito empresarial moderno, responsável por proteger inovações, criações e sinais distintivos que compõem a identidade e o valor de uma empresa. No Brasil, o tema é regido pela Lei nº 9.279/1996 (Lei da Propriedade Industrial – LPI) e administrado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Mais do que um conceito jurídico, a propriedade industrial é um instrumento estratégico de mercado. O registro de marcas e patentes impede que terceiros utilizem indevidamente o nome, logotipo, produto ou tecnologia que a empresa desenvolveu — ativos que, muitas vezes, representam o maior valor do negócio.
As marcas são sinais distintivos que identificam produtos ou serviços e os diferenciam dos concorrentes. Podem ser compostas por nomes, símbolos, cores, sons e até formas tridimensionais.
Registrar uma marca no INPI confere ao titular o direito exclusivo de uso em todo o território nacional, além de permitir que a empresa licencie ou franquie o nome com segurança jurídica.
Sem o registro, qualquer concorrente pode requerer o mesmo nome e impedir que a empresa continue a utilizá-lo — o que pode gerar prejuízos financeiros e perda de reputação.
Um exemplo prático é que diversas empresas já enfrentaram processos por uso indevido de marca em redes sociais ou marketplaces, seja por criar perfis com nomes similares, seja por vender produtos com embalagens que confundem o consumidor. Em muitos casos, o infrator é obrigado a indenizar o titular da marca e retirar imediatamente o conteúdo do ar.
As patentes protegem invenções e modelos de utilidade, concedendo ao inventor o direito exclusivo de explorar comercialmente sua criação por determinado período — 20 anos para invenções e 15 anos para modelos de utilidade.
A diferença entre ambos é prática:
Empresas que atuam com tecnologia, engenharia, design e indústria devem ver o registro de patentes como um investimento em competitividade. Além de impedir cópias, a patente pode gerar receita com licenciamento ou cessão de direitos.
Um exemplo prático são as startups e indústrias que patenteiam seus produtos ganham vantagem ao negociar com investidores, pois demonstram segurança jurídica e exclusividade de mercado — atributos que aumentam o valor da empresa.
O uso não autorizado de marcas ou patentes constitui violação de direito de propriedade industrial e pode gerar responsabilidade civil e criminal.
As consequências incluem ações por danos materiais e morais, busca e apreensão de produtos, indenizações elevadas e repercussão negativa à imagem corporativa.
Além disso, é comum que pequenas empresas enfrentem problemas ao utilizar marcas de fornecedores sem checar autorização, o que pode gerar responsabilidade solidária em casos de infração.
A expansão do comércio eletrônico e das redes sociais ampliou os desafios da proteção de marcas. Perfis falsos, domínios com nomes semelhantes e revendas não autorizadas se tornaram formas comuns de violação.
Nesse cenário, o Protocolo de Madri, do qual o Brasil é signatário desde 2019, permite que empresas solicitem o registro internacional de marcas, simplificando a proteção em diversos países — uma vantagem essencial para quem pretende expandir operações ou exportar.
A gestão da propriedade industrial deve ser preventiva e estratégica. Um acompanhamento jurídico especializado garante:
A propriedade industrial não é apenas uma exigência legal, mas uma forma de proteger o capital intelectual e o posicionamento da marca no mercado. Empresas que negligenciam o registro estão vulneráveis a disputas e podem perder o direito de usar o próprio nome.
Se sua empresa ainda não registrou sua marca ou patente, entre em contato com nossa equipe.
Realizamos análises preventivas e estratégias de proteção personalizada, garantindo segurança jurídica e valorização do seu negócio.