Notícias 19.04.21

Solução em blockchain, GOV Token vai permitir rastreio de finanças públicas

A rastreabilidade de finanças públicas para proporcionar mais transparência à […]

A rastreabilidade de finanças públicas para proporcionar mais transparência à gestão pública é o principal objetivo da solução em blockchain que deve começar a ser implementada no segundo semestre deste ano. Trata-se do GOV Token, que trará a capacidade de registro, em blockchain, dos recursos que forem liberados por uma entidade pública. Isso acontecerá por meio da emissão de tokens, que atuam como representações eletrônicas de uma quantia em dinheiro. Inseridos na rede, esses tokens permitem que todas as movimentações financeiras fiquem gravadas em uma cadeia de blocos – valores, origens e destinos – tornando possível rastrear quem emitiu determinado recurso, quem recebeu e como ele foi utilizado. 

A dificuldade de fraudar uma informação gravada em blockchain é o que torna o produto inovador, pois impossibilita que determinada verba seja desviada no meio do processo, de acordo com a empresa Investtools, desenvolvedora da solução. “As informações estão inseridas em uma rede sem controle central único, ao alcance de todos os usuários e, claro, do público. Em meio a tantos casos de corrupção, ter uma ferramenta que promova uma segurança jamais vista no controle dos gastos públicos é uma inovação tão necessária quanto democrática”, afirma David Gibbin, sócio e diretor executivo da Investtools, sediada no Rio de Janeiro (RJ).

O GOV Token conta com financiamento público. O projeto foi contemplado no InovAÇÃO RIO – programa de Apoio à Inovação em Micro, Pequenas e Médias Empresas no Estado do Rio de Janeiro, lançado pela Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) no ano de 2019, em parceria com a AgeRio (Agência Estadual de Fomento). “Quando falamos de inovação, focamos em inovação de base científica e tecnológica, que levam em consideração necessidades reais da sociedade. O projeto GOV Token traz uma questão muito relevante para a nossa sociedade hoje, de combate à corrupção e preservação da segurança da informação”, afirma o diretor de Tecnologia da Faperj, Maurício Guedes. O projeto também foi aprovado pelo Inovacred, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),  conquistando o Selo Finep de Inovação, que garante o impacto da solução.

De acordo com a empresa, o projeto entrará em fase acelerada de desenvolvimento após a disponibilização pelas agências de fomento de parte dos recursos necessários, no valor de R$ 1,5 milhão. A previsão é que o projeto piloto seja implementado na segunda metade de 2021. 

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Fontes: 

FAPERJ

Governo do Estado do Rio de Janeiro

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