Notícias 18.01.21

Transformações no meio jurídico e previsão para 2021: entrevista com Thiago Nagel.

Com a pandemia, todos tiveram que se adaptar rapidamente. Nesse […]

Com a pandemia, todos tiveram que se adaptar rapidamente. Nesse momento contou – e muito – o enorme know how dos administradores.

E foi assim que advogados e assessores jurídicos se juntaram num esforço para entender o que estava acontecendo. De repente, o trabalho presencial virou online e todos tiveram que adaptar suas rotinas. Além disso, a necessidade de ampliar as ferramentas tecnológicas e se tornar digital, trouxe outro desafios.

Nesta entrevista com o advogado sócio-fundador do escritório Sotto maior & Nagel, Thiago Nagel, abordamos temas interessantes, como a mudança na rotina do escritório, a influência da pandemia na rotina das empresas, transformação digital e LGPD.

Quais foram os desafios que a pandemia trouxe para o meio jurídico?

Thiago:

De março até os dias de hoje, os gestores do escritório se uniram para adequar a realidade que a pandemia trouxe para o universo da advocacia. Primeiro, buscamos orientar toda a equipe para evitar o contato com o novo coronavírus. Nos primeiros meses adotamos o isolamento total e, após alguns meses, adotamos o sistema híbrido. Sempre que algum membro da equipe apresentava os sintomas, era orientado a ficar em casa e fazer o teste. Até o momento, não há casos de contágio do vírus por parte da equipe.
No tocante ao atendimento, logo no início da pandemia, o escritório reuniu esforços para amparar os clientes com as diretrizes estabelecidas pelo Poder Judiciário, Poder Legislativo e Poder Executivo. Além das orientações legais, o escritório buscou eventuais benefícios para as empresas superarem esse momento delicado. Há de se ressaltar que toda a equipe continuou entregando o serviço com excelência, com total dedicação, demonstrando que o sistema híbrido deve perdurar mesmo pós pandemia na Sotto Maior & Nagel e demais escritórios de advocacia.

Quais foram os maiores desafios que as empresas, com base na experiência que o escritório tem com o meio corporativo, tiveram que enfrentar com a pandemia?

Thiago: Dentre os maiores desafios enfrentados pelas empresas, podemos destacar, de início, a incerteza do empresário para retomar as atividades; e, quando liberados para abrir, o receio de eventual novo lockdown. Isso porque, ao reabrir, o empresário assume custos fixos: colaboradores, insumos, impostos decorrentes da atividade e outras despesas oriundas da atividade empresarial. Desta forma, podemos destacar que este ponto reflete no fluxo de caixa, o que pode gerar inadimplência e assim aumentar o grau de dívidas da empresa.

De março até hoje, quando começou o período de isolamento, já se passaram nove meses. As transformações tecnológicas, segundo especialistas, fizeram a indústria jurídica evoluir alguns anos. Como o escritório está fazendo para integrar essas tecnologias? O que este processo tem agregado ao escritório?

Thiago: Com a pandemia, o escritório buscou – ainda mais – investir em novas tecnologias, sistemas internos que buscam facilitar o acesso a documentos de forma remota, assinaturas remotas e, assim, minimizar os efeitos da pandemia. Aumentamos nossa estrutura física na unidade de SC para adequar às audiências on-line. Atualmente, temos um espaço para os profissionais realizar de forma confortável este importante ato processual. O processo de novas tecnologias deve ser permanente. Desde 2006, quando fundamos o escritório, estamos atentos às novidades tecnológicas. O processo de avanço tecnológico aumenta a segurança interna e principalmente entrega aos clientes dados e métricas essenciais para o seu negócio. Em 2021, vamos seguir com novos avanços tecnológicos.

A LGPD entrou em Vigência dia 18 de setembro de 2020. O Sotto Maior & Nagel Advogados tem um núcleo de LGPD muito bem estruturado, que fica em SP. Como o escritório está preparando, desde a vigência da lei, a operação para atender as empresas e assessorá-las em relação à adequação?

Thiago: A LGPD entrou em vigor no dia 18 de setembro de 2020. Porém, antes mesmo da vigência, o escritório já estava estudando a matéria. O grande avanço neste tema foi trazer para o escritório, uma das mais renomadas profissionais do assunto, Dra Lúcia Maria Teixeira Ferreira, especialista na área de proteção de dados, que aceitou o convite e se tornou sócia da unidade de São Paulo na área de LGPD, atuando em conjunto com o sócio Dr. Fernando Sotto Maior Cardoso. Desta forma, um dos grandes avanços do escritório foi trazer uma profissional com o gabarito da Dra Lucia, para montar sua equipe e atender toda a gama de empresas que são assessoradas pela Sotto Maior & Nagel. Toda a orientação interna – e também aos clientes – está sendo formulada pelo núcleo digital de forma coesa e clara. A LGPD é um marco importante no âmbito legal e buscamos nos tornar referência nacional no assunto.

Com essa nova era do zoom, tem notado alguma diferença de comportamento em relação aos clientes ou alguma dificuldade em relação ao trabalho desenvolvido com cada um deles?

Thiago: A situação (Home Office / trabalho híbrido) não ocasionou dificuldade para a execução de tarefas. O sistema híbrido, conforme falei anteriormente, é uma realidade que vai perdurar no mundo corporativo. Os gestores, com suas habilidades pessoais e técnicas, conseguiram manter a excelência na entrega dos serviços, orientando as equipes na entrega e na postura adequada em reuniões e audiências. Assim, um dos efeitos “positivos” que este sistema novo trouxe para o meio corporativo foi de unidade e alinhamento da equipe e integração com a cultura do escritório.

Muitas empresas estão comprando outras empresas de tecnologia (startups, por exemplo) para implementar ferramentas tecnológicas e se transformarem digitalmente. Qual é a sua opinião sobre isso?

Thiago: Com a pandemia, o mercado de fusões na área tecnológica cresceu. Isto poque, com o distanciamento, o mercado de e-commerce ficou ainda mais aguçado, com a busca por novas ferramentas que fornecem segurança e agilidade aos clientes/consumidores. O movimento que já era natural, foi intensificado na pandemia e será cada vez mais intenso. A empresa que não evoluir na esfera tecnológica, seguramente ficará obsoleta. O consumidor/cliente cada vez mais vai buscar facilidade, aliado com segurança, eficácia e, principalmente, agilidade.

Qual é o seu balanço, como empresário e advogado, em relação ao meio jurídico e empresarial em 2020? E quais são as perspectivas para o meio empresarial e jurídico para 2021?

Thiago: Embora tenha sido um ano de adaptação, 2020 serviu para buscar mais eficiência na gestão de escritórios e empresas. Todo gestor olhou internamente para o seu negócio e tentou adaptar ao momento. No escritório, aproveitamos o momento para ratificar nossos valores, alinhamentos e cultura de unidade do escritório. Para 2021, já com um horizonte mais favorável ao empresário, estamos prontos para prosseguir com a excelência na entrega de serviços. Este ano vamos completar 15 anos de mercado, evoluindo cada vez mais na busca incessante de entregar o serviço com excelência, valores e um legado no mercado da advocacia. Acreditamos num ano promissor e com excelentes perspectivas.

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